Sinal de alerta no campo gaúcho com baixa precipitação e altas temperaturas

Os baixos índices de chuva registrados em novembro no Rio Grande do Sul, especialmente nas regiões Noroeste e Norte, aliados às altas temperaturas e à baixa umidade relativa do ar, têm acendido um sinal de alerta para os produtores rurais. A situação já compromete lavouras de milho de sequeiro e causa preocupação em relação à nova safra de soja.

De acordo com a Estação Climática Hiperlocal da FieldPro, instalada no interior de Ibirubá e gerida pelo consultor agro Márcio Ücker, o acumulado de precipitação até o dia 21 de novembro foi de apenas 17,3 mm. As temperaturas têm variado entre 31°C e 40°C, agravando o estresse hídrico nas plantas. “A última chuva da semana, com apenas 8,8 mm, não foi suficiente para aliviar a situação, principalmente nas lavouras de soja plantadas recentemente”, destacou Ücker.

Além do impacto direto nas plantações, a baixa umidade relativa do ar e as altas temperaturas também aumentam o risco de perdas na produtividade, especialmente para os agricultores que dependem exclusivamente de chuvas. Segundo o consultor, a previsão de clima seco para o restante do mês mantém os produtores em estado de alerta.

Por outro lado, os modelos meteorológicos indicam que as condições climáticas podem melhorar na próxima semana. Há previsão de pancadas de chuva a partir do dia 25 de novembro, com possibilidade de acumulados mais significativos até o final do mês. “Se as previsões se confirmarem, as precipitações podem amenizar parte dos prejuízos, mas é necessário acompanhar a evolução do clima com cautela”, concluiu Ücker.

O cenário atual reforça a importância do monitoramento climático constante e do planejamento estratégico no agronegócio, fatores indispensáveis para minimizar os impactos de períodos críticos como o enfrentado pelos produtores gaúchos.

Rádio Cidade Ibirubá

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