A cada dia aumentam os casos de pessoas relatando ter recebido pacotes com sementes não encomendadas.

Segundo o Ministério da Agricultura, até o momento, foram recebidos cerca de 258 pacotes de sementes não solicitadas. Moradores de 25 Estados e do Distrito Federal já tiveram relatos do problema.

Apenas Maranhão e Amazonas não apresentaram relatos de casos de sementes misteriosas. Todos são originários de países asiáticos, como China, Malásia e Hong Kong.

As análises preliminares mostram que há perigos reais para a agricultura como a entrada de pragas e doenças. Das 39 amostras em análise 1 amostra foi detectada com ácaro vivo e 2 amostras com bactéria.

De outras 25 amostras 3 foram identificadas com fungos diferentes e de 17 amostras sequenciadas 4 delas têm possibilidade de pragas quarentenárias, provavelmente ervas daninhas.

Por isso a orientação ao receber as sementes é fazer o comunicado imediatamente ao Departamento de Defesa Agropecuária. O pacote não deve ser descartado no lixo, a fim de evitar contato das sementes com o solo e sua germinação.

Nos Estados Unidos, o Departamento de Agricultura trabalha com a possibilidade de que as encomendas indesejadas estejam relacionadas a uma fraude conhecida como “brushing”. É, essencialmente, o envio de mercadorias não solicitadas com o objetivo de registrar compras falsas.

Caso antigo

O Brasil já teve alguns casos que causaram grandes danos à produção. Em 1989 a entrada da “vassoura de bruxa” nas lavouras de cacau do sul da Bahia dizimou todo o setor produtivo e a economia da região. Por causa dessa praga, o Brasil passou de exportador para importador de cacau.

O que fazer

Coloque em um saco plástico e encaminhe à inspetoria de defesa agropecuária, para ser destinado a análise e descarte adequado

Não plante, enterre ou jogue fora o pacote. Não viole a embalagem, para não expor o conteúdo ao ambiente

A importação de sementes só pode ser feita seguindo regras e com acompanhamento do Ministério da Agricultura.

Da Redação integrada Rádio Cidade FM e Jornal O Alto Jacuí de Ibirubá