24/06/2020 21:58 - Agricultura
O avanço de uma nuvem de gafanhotos põe as autoridades argentinas em alerta. Segundo o Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa), a região classificada como “perigo” fica na fronteira com o Brasil, muito próxima ao oeste do Rio Grande do Sul. Alerta-se que essa praga possa atingir até mesmo lavouras gaúchas devastando tudo que for alimento.
Em um quilômetro quadrado pode haver cerca de 40 milhões de insetos, que são capazes de comer o que 2 mil vacas consomem em um dia. Mas será que é possível destes insetos virem para nosso estado e seguirem se alastrando?
A Uirapuru conversou sobre este assunto com a Crislaine Sartori Suzana, professora do curso de Agronomia da UPF. A professora explicou que esta praga é antiga e até os anos 50 atormentou muitas cidades argentinas e até gaúchas. O inseto tem três fases que podem ser controladas, sendo elas a de ovos, de caminhada e a fase adulta, onde eles voam. Há protocolos de proteção na própria Argentina e que são adotados desde os anos 50, o que diminuíram drasticamente o aparecimento da praga.
Porém, conforme a professora, o desequilíbrio do clima nos últimos anos favorece o aparecimento destas nuvens de insetos. Temperaturas altas para o inverno, como estamos vivendo, falta de chuvas e até o vento mais forte favorecem este fenômeno.
A professora acredita que, com a previsão de frio para os próximos dias, esta situação deve ficar fora do Rio Grande do Sul. No entanto, caso os insetos entrem é possível fazer um controle com inseticidas específicos, mesmo na fase adulta, porém os produtores devem ficar atentos aos sinais do inseto para agir.
Créditos: Reprodução / Twitter @gobdecordoba
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