20/05/2021 16:37 - #CORONAVIRUS
O grupo de trabalho do Observatório Regional de Saúde da Região de Agrupamento Passo Fundo, do qual a Universidade de Passo Fundo (UPF) faz parte, trouxe dados importantes sobre o perfil das contaminações e o efeito das vacinas até agora em Passo Fundo.
O professor e coordenador do curso de Economia da UPF, Julcemar Zilli, revelou os dados na programação da Rádio Uirapuru.
Conforme o professor, o perfil de contaminação, com base em dados do mês de maio, revelou os maiores casos registrados em pessoas de 30 a 39 anos, chegando a 31% do total. Em segundo lugar, as maiores contaminações estão na faixa etária de 40 a 49 anos, compreendendo 26% do total. Finalmente, em terceiro lugar, as contaminações entre a faixa etária de 50 a 59 anos acumulou um total de 23%.
O mesmo dado revelou que as pessoas de 60 a 69 anos representam apenas 13% do total de contaminados e a porcentagem cai muito mais acima dos 70 anos. Hoje o predomínio das vacinações está em pessoas acima de 60 anos, o que mostra uma clara eficácia da vacina na prevenção ao vírus.
Outro dado analisado e destacado pelo professor Julcemar é o perfil de óbitos. Com números em queda, pessoas com 60 a 69 anos representam 25% dos óbitos pela doença na cidade. Para pessoas acima de 70 anos este número cai pra 20% e acima de 80 anos está em 13%.
Zilli destacou que em dezembro a taxa de óbitos de pessoas com 80 anos ou mais era de 31%, caindo agora para 13%. Isso evidencia também que a vacina está evitando mais mortes desta faixa etária que completou a imunização.
Questionado sobre onde as pessoas estão pegando o vírus, se é no trabalho, nas atividades diárias, ou em casa, Julcemar disse que nesta rodada de maio este dado ainda não foi obtido. Porém, em uma pesquisa anterior, foi revelado que 10% dos contaminados teriam pego o vírus no comércio e 90% se contaminaram em casa, com familiares, ou após reuniões e atividades com outras pessoas.
Estes dados foram todos encaminhados para os órgãos regionais e com isso será possível direcionar medidas para áreas específicas apontadas como mais críticas, esclarece o professor.
Com base em dados fornecidos também pela Prefeitura, até o dia 13 de maio, a classe trabalhadora com mais registros de contaminações na cidade era a da saúde, envolvendo técnicos em enfermagem, com 38%, e médicos, com 14% das contaminações totais.
Rádio Uirapuru
Fonte: Rádio Uirapuru
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