23/05/2025 13:14 - Região
Após a deflagração da Operação Velhos Hábitos, que apura desvios de recursos públicos envolvendo o uso indevido de contas bancárias de idosos de Espumoso, o Lar do Idoso Aconchego, de Ibirubá, que atualmente acolhe 13 residentes oriundos daquele município, manifestou-se oficialmente sobre o caso em entrevista à nossa reportagem, através da coordenadora Liziane Frá.
De acordo com Liziane, o Lar Aconchego manteve, ao longo dos anos, um convênio regular com a Prefeitura de Espumoso, responsável pelo repasse mensal de dois salários para custear a estadia dos idosos acolhidos. “Todo mês a gente fazia a nota e eles repassavam os dois salários, sempre eles pagaram. Nós nunca tivemos problema com o pagamento”, afirmou.
A coordenadora destacou que a instituição nunca reteve cartões bancários dos internos e que sua atuação sempre foi pautada pela responsabilidade e pela transparência. Segundo ela, com a mudança na administração municipal em Espumoso no fim de 2024, surgiram questionamentos sobre a posse de cartões e documentos dos idosos, mas o Lar Aconchego jamais se envolveu com essa parte. “Nós nunca pegamos cartão de interno nenhum. Não nos envolvemos com essa parte”, frisou.
Liziane explicou ainda que, conforme seu conhecimento, quando os idosos eram encaminhados para Ibirubá, alguém do próprio município de Espumoso recolhia documentos e pertences dos internos. “Nós só ficamos com xerox, até de documento e tal, nós não ficamos com o original. Tudo fica lá (em Espumoso)”, relatou.
Segundo ela, o modelo de custeio envolvia o repasse de benefícios recebidos pelos idosos, complementados pela Prefeitura de Espumoso.
Diante da investigação, a instituição de Ibirubá reforçou sua colaboração com o Ministério Público, entregando toda a documentação pertinente ao convênio. “Nós apresentamos hoje (22/05) o contrato do convênio que a gente tem com eles, os contratos dos internos, passamos todas as notas em PDF, no pendrive que o Ministério Público levou, e as notas que todos os meses a gente manda para eles do dia 1º ao dia 10, que é o prazo que eles têm para pagar, onde comprova que o Lar só recebia os dois salários, nem um real a mais”, garantiu a coordenadora.
Conforme Liziane, a expectativa agora é que o Lar do Idoso Aconchego seja ouvido como testemunha do caso, reforçando a posição da instituição como parceira das autoridades na elucidação dos fatos e reafirmando o compromisso com a ética e o bem-estar dos acolhidos.
Rádio Cidade Ibirubá
Fonte: Rádio Cidade Ibirubá
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