A Delegada titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente – DPCA de Carazinho, Heladia Cazarotto deve colher nas próximas horas os depoimentos dos familiares da criança de três anos que faleceu na noite de segunda-feira (22) depois de uma queda. Segundo informações preliminares, a menina estaria brincando quando teria caído e batido a cabeça. Ela foi socorrida ao Hospital de Caridade de Carazinho – HCC, mas não resistiu.

Em entrevista à Rádio Diário AM 780, a delegada informou que a polícia tomou conhecimento do fato na manhã de hoje.

“Iniciamos a investigação hoje de manhã. Ontem não tomamos conhecimento do fato. Recebemos a mãe desta criança aqui na delegacia, pedindo que a situação fosse investigada para saber se realmente se tratava de um acidente. Conforme foi relatado pelos familiares, ela estaria na casa do avô. Estariam brincando, pulando entre camas quando havia caído e desmaiado. Foi levada ao hospital onde foi constatado seu óbito”, citou.

Heladia Cazarotto disse que diante do relato da mãe, de que a versão inicial apresentada poderia não ser verdadeira, o corpo da menina foi encaminhado para necropsia. “Agora aguardamos o laudo para verificar se as lesões são condizentes com uma queda da cama ou não. Ela (a mãe) não nos trouxe uma versão, mas acredita que pode não ser um acidente. Não trouxe muitos detalhes, deu um depoimento reduzido e foi embora. Estava muito nervosa, abalada com o que aconteceu com a filha. Vamos ouvi-la em uma nova oportunidade para ver se ela tem uma informação a mais para nos passar”, explicou, acrescentando que os demais familiares que estavam na residência no momento do fato também serão ouvidos.

“O que temos até agora é que realmente se trata de um acidente, mas temos que aguardar o laudo da necropsia e outras perícias que por ventura possam ser solicitadas para que possamos ter uma conclusão mais precisa”, mencionou.

Segundo a delegada, o laudo pericial revelará quais traumas a criança sofreu e dirá a causa da morte.

“Pelo prontuário do hospital seria em decorrência de uma lesão na cabeça e uma suposta broncoaspiração, quem sabe de um alimento que tenha retornado durante este trauma e tenha ocasionado a morte. Vamos confirmar isso com o laudo necroscópico”, relatou.

A delegada acredita que poderá encerrar o inquérito em até 30 dias.

Diário da Manhã