A situação no presídio de Espumoso atingiu níveis alarmantes de superlotação. Projetado para abrigar 60 detentos, a unidade atualmente conta com mais de 150 presos, resultando em celas com até 25 pessoas, o que configura uma grave violação dos direitos humanos e representa um risco significativo à segurança e saúde dos detentos e funcionários.

Ruanito Pagnusatti, advogado e presidente do Conselho Penitenciário de Espumoso, expressou sua profunda preocupação em entrevista concedida ao programa Comando Regional da Rádio Ibirubá. Durante a entrevista, Pagnusatti destacou a urgência de medidas para solucionar a crise, alertando para o risco iminente de uma tragédia caso providências não sejam tomadas imediatamente.

“Estamos diante de uma situação insustentável. A superlotação não apenas compromete a dignidade dos presos, mas também coloca em risco a integridade física de todos que estão dentro do presídio, incluindo os agentes penitenciários. Precisamos de uma resposta rápida e eficaz das autoridades competentes para evitar que o pior aconteça”, afirmou Pagnusatti.

Segundo o presidente do Conselho Penitenciário, a superlotação dificulta a implementação de programas de ressocialização e agrava as condições sanitárias, aumentando o risco de surtos de doenças. Além disso, a falta de espaço adequado impede a separação de presos de diferentes perfis, o que pode gerar conflitos e violência dentro da unidade.

Pagnusatti fez um apelo às autoridades municipais e estaduais para que intervenham de forma urgente, propondo a transferência de presos para outras unidades com capacidade ociosa e a construção de novas instalações. Ele também destacou a importância de investimentos em políticas de prevenção ao crime e programas de reintegração social, visando reduzir a reincidência e, consequentemente, a população carcerária.

A comunidade local e os familiares dos detentos também estão mobilizados, buscando apoio para pressionar as autoridades a tomarem medidas imediatas. A situação do presídio de Espumoso é um reflexo de um problema mais amplo que afeta o sistema penitenciário brasileiro, exigindo uma abordagem integrada e sustentável para sua resolução.