03/01/2023 17:47 - Agricultura
O momento é de apreensão no que diz respeito às lavouras pela falta de chuva, mesmo com Passo Fundo e região registrando uma noite chuvosa no domingo (1°) e uma manhã de garoa ontem (02).
Falando sobre o assunto na Uirapuru, o supervisor regional e responsável pela área de culturas da Emater, Oriberto Adami, explicou que o deficit hídrico que o Estado passa é preocupante para a agricultura, principalmente o milho, o qual encontra-se em fase mais crítica, já que demanda maior umidade.
Adami explicou que um hectare de milho consome por dia em média 50 mil litros de água na fase atual, o que preocupa, já que as chuvas que ocorreram nos últimos dias não são o suficiente. Caso persista a falta de chuvas regulares nos próximos dias, o problema pode ficar ainda mais acentuado nas lavouras que estão enchendo grão. O supervisor explica que isso ocorre porque o plantio de milho foi feito em setembro e no período de novembro e dezembro floresceu, passando neste período por falta de chuva.
Na soja, a situação é diferente até o momento porque ela foi planada no final de novembro, tendo em dezembro sua fase de germinação e início do desenvolvimento vegetativo. Neste período sem chuvas, a soja não passa por sua fase crítica de plantação, logo não corre riscos até o momento. Porém, Adami lembra que a maior parte plantada na região é de soja, sendo em torno de 620 mil hectares dela e 63 mil de milho. Para que a soja não sofra perdas parecidas com as do milho, o supervisor destaca que é preciso retornar chuvas regulares em janeiro e fevereiro, que são os meses onde a soja vai florescer. Porém, caso continue a estiagem, seus prejuízos poderão ser severos.
Regularizando a frequência de chuvas, o que está previsto para acontecer na próxima quinzena de janeiro, a soja não deverá passar por problemas críticos. Já no milho, Adami afirma que a situação é praticamente irreversível, isso porque cerca de 65% da plantação de milho da região foi prejudicada.
Fonte: Rádio Uirapuru
Veja também