A Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) de Viamão investiga o caso de quatro tios que abusavam sexualmente da sobrinha, atualmente com sete anos, juntamente com o companheiro da avó materna da criança, na localidade de Águas Claras. “Ela foi abusada entre os cinco e sete anos. Foram dois anos de abusos. Eles ameaçavam que iam matar ela e a mãe dela”, declarou a delegada Marina Dillenburg, que classificou o caso como chocante.

 Na manhã desta terça-feira (30), os policiais civis prenderam dois tios e o parceiro da avó, suspeita de saber o que ocorria com a neta e ter se omitido. Os outros dois tios seguem foragidos. “Eles abusavam cada um em uma situação diferente”, observou a titular da DEAM de Viamão.

 A mãe, de 39 anos, passou a residir em outra cidade em função do trabalho. “Ela não levou a menina e deixou aos cuidados da avó”, explicou a delegada. “No mês de maio, a mãe registrou uma ocorrência e pediu medida protetiva contra os quatro irmãos, porque eles a agrediam fisicamente”, relatou.

 “Ela conseguiu a medida protetiva, pediu abrigamento e levou a filha junto. No abrigo, a menina entendeu que a medida protetiva significava a prisão dos tios e aí sentiu-se à vontade para contar para a mãe o que aconteceu durante os dois anos. A mãe procurou a gente e aí começamos as investigações”, acrescentou.

 As perícias física e psíquica comprovaram os abusos sofridos pela criança. “Essa menina terá de ser acompanhada pelo serviço de saúde”, alertou, referindo-se às sequelas decorrentes dos abusos sexuais.

 Marina Dillemburg informou ainda que os quatro tios e o companheiro da avó tiveram as prisões preventivas decretadas e serão indiciados por estupro de vulnerável. Ela apontou ainda que a avó pode ser responsabilizada por omissão. “O inquérito segue mais um pouco, porque temos ainda algumas pessoas para serem ouvidas”, adiantou.

Fonte: Rádio Guaíba // Correio do Povo