11/01/2022 13:05 - Destaques
O desabamento de pedras em um cânion no lago de Furnas, em Capitólio (MG), deixou 10 mortos neste sábado (8) após atingir 4 embarcações que estavam na área.
O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais confirmou 10 mortes pelo deslizamento até a última atualização desta reportagem. 4 embarcações receberam impactos de pedras (sendo que 2 foram atingidas diretamente pelo paredão).
Ao todo, 34 pessoas estavam envolvidas no acidente; 27 pessoas foram atendidas e liberadas com ferimentos leves, mas 2 ainda estão internadas.
A estimativa inicial era de que 20 pessoas podiam estar desaparecidas, mas os bombeiros atualizaram que não há mais desaparecidos. O número havia sido levantado com base em relatos de empresas de turismo e familiares de pessoas na região.
As buscas continuam, mas os trabalho foram suspensos durante a noite para a segurança da equipe de resgate, e serão retomados na manhã de domingo. 40 bombeiros e mergulhadores estão no local, mas o mau tempo impediu a chegada do helicóptero do Corpo de Bombeiros ao local.
Todas as vítimas fatais estavam na mesma lancha, chamada ‘Jesus’.
Um homem de 68 anos e natural de Alpinópolis foi primeira vítima identificada do desabamento de rochas.
Veja abaixo quem são as vítimas da tragédia em Capitólio:
O desmoronamento das rochas aconteceu por volta de 12h30, so sábado, dia 8. segundo informações do Corpo de Bombeiros.
Especialistas afirmam que o desabamento do paredão pode ter sido acelerado por causa da erosão do solo e infiltrações de água das fortes chuvas que atingem a região. No domingo, prefeito de Capitóio disse que não havia trabalho de prevenção no local do acidente.
Ainda não há informações oficiais sobre as causas do incidente. Pela manhã de sábado, a Defesa Civil de Minas Gerais havia feito um alerta sobre chuvas intensas e a possibilidade de ocorrências de “cabeça d’água’ na região de Capitólio, mas ainda não há uma confirmação de isso ser a causa das quedas no cânion.
A Marinha disse que será investigado por que os passeios foram mantidos mesmo com os alertas.
Por meio de nota, a Marinha do Brasil informou que um inquérito será instaurado para apurar causas, circunstâncias do acidente. A Polícia Civil também investiga o caso.
Em entrevista a GNews, geóloga Joana Paula Sanchez, professora de geologia da Universidade Federal de Goiás, disse que mapeamento das áreas de risco poderia ter evitado o acidente.
Após o incidente, a área foi isolada e não pode mais receber turistas pode tempo indeterminado. Os bombeiros disseram que cabe a Marinha informar se os turistas poderiam estar no local.
O prefeito de Capitólio, Cristiano Silva, disse em entrevista que nenhuma norma impedia as lanchas de estar naquele local, próximas do paredão. Segundo ele, o que não pode é atracar no cânion para que os banhistas entrem na água.
Fonte: G1
Veja também