Nos últimos meses, o aumento nos valores da gasolina têm assustado motoristas, que viram os preços subirem nove vezes apenas em 2021, com alta de 27,5%, conforme dados do IBGE.

Os fatores que contribuem para esse cenário vão desde o mercado internacional até a carga tributária.

Em entrevista com o Economista Vitor Francisco Dalla Corte, professor do Mestrado em Administração da IMED, e Mariana da Luz Ferreira, acadêmica da Escola de Negócios da IMED, o Diário esclarece as principais variantes da commodity.

Diário: Por quais motivos o preço da gasolina está tão alto?

IMED: O preço é atrelado ao mercado internacional e à regulação de mercado pela OPEP [Organização dos Países Exportadores de Petróleo], ou seja, a oscilação no câmbio pode influenciar de forma direta o preço dos combustíveis no Brasil.

Diário: Por que o aumento tem sido tão frequente?

IMED: O petróleo é commodity, dessa forma, seu preço varia de acordo com a cotação em mercados internacionais e sobre a disponibilidade de petróleo no mundo. Também a política de preços adotada pela Petrobras está atrelada a este mercado internacional.

Diário: Qual a relação do aumento com o dólar?

IMED: Como a cotação do barril de petróleo é em dólar, uma apreciação cambial do dólar frente ao real tem influência direta nos preços internos dos combustíveis.

Diário: Quais medidas poderiam ser tomadas, a nível federal e estadual, para diminuir esses preços?

IMED: Um dos caminhos poderia ser a redução da carga tributária, uma vez que a regulação de preços pode até ser feita, mas seus efeitos nem sempre são positivos para economia com um todo.

Diário da Manhã