No decorrer dos anos, o sistema educacional brasileiro vem passando por diversas mudanças, respeitando cada vez mais a diversidade de alunos presentes nas escolas, garantindo entre eles, a convivência e aprendizagem singular. Para que isso aconteça, é necessário que toda comunidade escolar esteja engajada para obtenção de resultados positivos. É importante que o conceito de inclusão se estenda por todas as áreas da Educação, inclusive, na Matemática. Pensando nisso, realizei meu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) visando analisar como se dá o papel do educador matemático diante da inclusão de alunos com Necessidades Educacionais Especiais (NEE) em escolas públicas, bem como, quais são os desafios que o processo da inclusão impõe a esses profissionais.

            É possível observar a necessidade de cada comunidade escolar, rever os conceitos e a formação adequada para os professores, viabilizando melhores condições para o seu trabalho e trazendo para o meio escolar um aproveitamento melhor de ambas as partes. É desafiador aos profissionais da Educação o atendimento a educandos com Necessidades Educacionais Especiais. O mesmo requer dos professores conhecimentos teóricos e práticos, bem como metodologias de ensino diferenciadas e processos de avaliação que possibilitem ao educador acompanhar o desenvolvimento dos alunos na sala de aula.

Entende-se que a inclusão escolar é um processo extenso e ainda difícil de ser trabalhado. A maioria dos professores, ainda considera que a sua formação não os preparou para receber um aluno com NEE em suas salas de aula. Esse fato pode ser considerado um indicador de que algumas mudanças podem ser feitas durante a formação do professor. Porém, a falta de preparo não é um fator determinante para a não permanência deste aluno em classe regular. Faz-se necessário empenho entre o aluno e o professor, buscando reconhecer as possibilidades e limitações. 

O ensino e a educação devem ser oferecidos por meio de ações inclusivas, levando em consideração as potencialidades identificadas em cada aluno. Para isso, é preciso entender cada caso, observar as circunstâncias em que o aluno está inserido, tanto no contexto familiar, como no social, para então desenvolver as melhores estratégias para a prática pedagógica.

            Além disso, é importante conhecer as condições reais das escolas, os recursos didáticos disponíveis e a disponibilidade de um atendimento especializado. Outro ponto a destacar, é o acolhimento por parte da comunidade escolar. Oferecer uma relação e convivência harmoniosa, tanto na escola quando na sociedade, é fundamental para o desenvolvimento do aluno.

            Os desafios são muitos e requerem esforço de ambas as partes. A inclusão só é possível através do desenvolvimento de uma prática pedagógica que viabilize a aprendizagem satisfatória dos educandos. Para que isso aconteça, é necessário que todos andem de mãos juntas, vencendo esse desafio e praticando, de fato, a inclusão escolar.

Nikole Izabel  Weirich

Acadêmica do curso Licenciatura em Matemática no IFRS – Câmpus Ibirubá